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Sucesso é...


Conseguir ganhar um sorriso e um beijo na bochecha de uma garotinha de dois anos e meio que morria de medo de mim.
Cozinhar para pessoas muito queridas e, quando já cessaram os elogios de praxe e todos já estão vendo alguma coisa na TV, perceber alguém com uma colher e com a tigela no colo.
Chorar pra valer, magoado, e sentir os dias, os amigos e aqueles que me amam me curarem em pequenas doses até o dia que eu me sentir à vontade para rir daquilo.
Manter amigos pelos quais a maioria das pessoas não tem interesse.
Sair bem cedo de casa num sábado, num baita frio, só pra comprar o café da manhã para quem eu amo em troca de um sorriso largo.
Nunca depender de datas ou se deixar constranger por elas para dar presentes.
Continuar chorando as dores do mundo, mesmo que elas continuem se multiplicando nos telejornais.
Sentir mais alegria em dar liberalmente do que em ganhar mais exponencialmente.
Não deixar que o dinheiro, o reconhecimento e o status determinem meu comprometimento com meu trabalho.
Jamais depender de motivação externa para fazer meu trabalho.
Abrir mão de uma folga para ajudar um amigo, ou ainda melhor, um quase-desconhecido.
Jamais, nunca, em hipótese alguma medir minhas ações em razão de condição social, econômica ou racial de ninguém.
Ter a chance de falar alguma coisa que faça diferença na vida de alguém.
Saber o momento em que um ciclo se encerra, aceitar e tocar a vida.
Ser livre para chorar sem me importar se as pessoas me acharão um fraco.
Ser livre para perdoar as pessoas sem precisar de nenhuma compensação em troca, nem mesmo um pedido de desculpas.

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